Nada é por acaso
Chovia. Manhã fria. Inverno no Sul. Vento assoviando por entre os vidros da janela. As folhas das árvores dançavam num sincronismo embalado pelo vento. Ana olhou para o relógio. “Droga. São sete horas.” Foi ao banheiro. Tomou seu banho. Espiou pela janela. Foi até a cozinha. O café preparado às pressas. Não podia pegar muito trânsito. Aquele seria um dia importante. Vestiu seu casaco vermelho. Gorro de lã. Na saída pegou o guarda-chuva com desenhos de gatinhos. Ao chegar à garagem do prédio percebeu que a cidade já havia acordado e seguia seu ritmo frenético. Sentou-se no carro, resignada. Enquanto dirigia observava a paisagem. Pessoas caminhavam apressadas pela calçada, desviando-se das poças formadas pela chuva. As ruas eram arborizadas e as casas bem cuidadas. A cidade ficava ainda mais bonita com o clima de inverno. Um sentimento de gratidão invadiu Ana. No trabalho estava agendada uma reunião com grandes empresários. Havia um novo empreendimento na ci...